Quando morre um gato que amamos

Quando morre um gato que amamos

Quando perdemos uma pessoa ou animal que amamos, é comum as pessoas dizerem que foi a vontade de Deus e que a pessoa ou animal está com Deus em algum lugar.

Deus é vida, é amor, é luz. Deus não se agrada da morte e não tem a menor vontade de nos ver separados das pessoas e animais que amamos. Deus não leva nada e ninguém de nós sabendo que sofreremos, que estaremos infelizes e sozinhos.

Foto: Conscious Cat

A morte infelizmente acontece. Um dia perdemos nossos pais, perdemos outros parentes e também perdemos nossos animais. Um dia perdemos nossos gatos. Um dia nós morreremos também. Todos nós passamos por essa dor na vida e temos de aprender a conviver com essa perda, por mais difícil que seja, temos de aprender a conviver com a ausência, o vazio e a dor. Mas a morte seria mesmo o fim de tudo?
Não seria Deus maior até mesmo do que a morte? Teria Deus poder para nos reaproximar de quem perdemos? Sim.

Todas as formas de vida vêm de Deus. Deus é o dador da vida. Deus nos deu a vida uma vez e pode nos dar novamente. A ressurreição de Cristo é uma prova disso.

Toda a vida existente é vida que vem de Deus: plantas, animais e humanos. Todos fomos amorosamente criados por um Pai muito carinhoso que obviamente não se agrada de nos ver sofrer.

Não, não estejamos revoltados com Deus ou com a vida. Não vamos nos culpar, nos corroermos em remorsos e nem deixarmos que revoltas e outros sentimentos negativos tomem conta do nosso coração piorando ainda mais as coisas.

Sim, vamos chorar e lamentar nossa perda. Esvaziar a alma da angústia é muito necessário. Mas, vamos também abrir nossos corações a Deus e mostrar o que estamos sentindo e passando com a nossa perda. Vamos contar a nosso amoroso Pai tudo o que estamos sofrendo e o que tememos daqui por diante. Após isso, vamos esperar em Deus. Aguardar a resposta de nossa oração porque 'todo presente perfeito e toda a boa dádiva é proveniente do Pai das luzes celestiais'. Deus saberá exatamente o que fazer, seja daqui mil anos em outra dimensão e sistema, seja daqui dois meses.

Deus em sua infinita sabedoria e amor, saberá quando, como e onde nos devolver quem amamos. Sabe quando, como e onde curar nossos corações.

Um breve estória que nos conta a suposição de que os gatos que faleceram voltam para nós, eles sempre voltam.

Jesus e o Gatinho

Certa vez morava em São Paulo uma senhorinha não rica, mas amável e bastante dedicada aos animais.

Dentro da capacidade de seus recursos, a amorosa senhorinha, sempre que lhe era possível, resgatava um gatinho ou cãozinho abandonado que clamasse por abrigo.

Entre todos os animais resgatados, um gatinho amarelinho se destacava. O pequenino era como um filho. Todos os outros animais eram muito amados, mas o festeiro e carinhoso gatinho, cativava-lhe o coração mais e mais a cada dia.

Os gatinhos amam brincar, por isso, durante as noites, todos brincavam em suas caminhas e ali mesmo adormeciam saciados das farrinhas. Mas o pequeno gatinho amarelo enroscava-se no colo da senhorinha, mais tarde indo dormir com sua amada protetora.

Todas as manhãs, quando ela acordava, lá estava ele ronronando feliz. Dava muitos miadinhos baixinhos, ele a acariciava feliz como quem dizia: "Bom dia mamãezinha, vamos ver o sol!" E assim levavam a vida, cada dia mais achegados um ao outro, ela cada vez o amava mais e mais.

Em uma determinada manhã, a senhorinha ao despertar reparou que seu pequeno menino ainda estava adormecido. Ela estranhou, ele sempre fora o primeiro a despertar. Carinhosamente ela afagou seu pelo curtinho e disse: "Filho, acorda! Não vai dar bom dia a mamãe?" Ao acariciar seu pelo macio, sentiu que o pequenino ardia em febre. Ele apenas levantou a cabecinha. Seu olhar era triste, triste de doer o coração.

A senhorinha arrumou-se rápido e partiu para o veterinário com seu filhotinho.  De tudo a bondosa senhorinha fez, dividas grandes ela arranjou, noites em claro ela passou, mas em uma manhã de tristeza, ele ao despedir-se dela fez um som de lamento e ao olhar no fundo de seus olhos lacrimados, adormeceu em seus braços, partiu.

A senhorinha debruçou-se sobre o pequeno corpinho e clamava: "Por que senhor Jesus? Por quê?

A manhã seguinte foi a mais difícil de todas, parecia que viver agora não tinha mais sentido, tudo havia se transformado em solidão. Se não fosse pelo amor aos outros pequeninos, seria muito provável a senhorinha não suportar continuar sem seu amoroso filhotinho. Rápido a noite chegou, ela mais uma vez colocou-se em oração e disse: "Senhor, não entendo porque os animais e as pessoas que amamos têm de morrer, agora por favor, dá-me forças para continuar a criar meus outros filhotinhos. Se puder meu Senhor, consola meu coração e mostra-me porque as coisas têm de se dar dessa forma tão cruel."

Chorando muito, já era tarde quando a senhorinha adormeceu. Cansada e muito triste, apagou em um sono profundo quando teve um belo sonho com Jesus Cristo que lhe disse: "Filha amada, o que te entristece? Pede ao Pai e eu mesmo farei." Ela lhe respondeu: "Meu senhor e meu salvador, não entendo e sofro ainda mais. Por que um Deus amoroso deixa que sejamos separados de quem amamos pela morte tão cruel?" Continuando ela então replicou: "Mas Senhor, eu tanto lhe pedi que poupasse a vida do pequenino!" Ele sorriu e lhe respondeu: "Amada criancinha, não lestes nas Escrituras que o amor é mais forte do que a morte e tão inexorável quanto a sepultura? E não foi que o Pai ordenou aos corvos que suprissem Elias de alimento, quando aqueles que lhe perseguiam a alma, fizeram com que tivesse de se manter escondido?" Ela confusa disse: "Senhor, não entendo o que são estas coisas." Pacientemente ele explicou: "Criança querida, não é que o Pai entende os animais e estes, por sua vez, conhecem e atendem ao Pai? Vós pensais que ministram animais, quando estes são enviados para ministrar a vós. Apenas excerce fé e confiança no Pai, porque este tem cuidado de vós."Ela indagou: "O que será então agora?" Jesus respondeu: "O Pai tem a sua própria hora e o Filho tem esperado e divulgado as obras do Pai, não é que está escrito que Deus escondeu a verdade dos ricos e dos intelectuais, mas a deu aos humildes, aos que não são levados em conta, e aqueles a quem chamam de loucos? Por isso em verdade digo que a vida eterna significa obter conhecimento de Deus, o Único e Verdadeiro, e daquele enviado por Ele, Jesus Cristo. Vai e tem fé, e pesquisa e estuda a Palavra e te ocorrerá assim como pedires." Quando mais uma pergunta ela ia fazer, acordou.

Algumas semanas passaram, ela não revelou o sonho a ninguém, temia ser chamada de exibida e mentirosa, mas guardou o sonho em seu coração. Continuava a tratar e amar seus pequeninos e acariciava no peito uma esperança do ela mesma nada sabia.

Certo sábado de sol ela saiu para comprar ração, era um dia lindo, nenhuma menção de chuva pelo serviço de meteorologia. Porém, ao chegar no centro da cidade, do nada formou-se uma negra nuvem no céu e antes que alguém pudesse se precaver, uma tempestade começou. Chuva grossa a tudo encharcava, junto à guia da calçada uma grossa correnteza logo se formou. A senhorinha, amedrontada pensando em enchente, falou em seu coração: "Meu Deus, salva-me por favor!"

Depois de aguardar por mais de uma hora no interior de uma loja, todos perceberam que aos poucos o sol voltava e a senhorinha decidiu retornar às pressas para sua casa. Todas as ruas ainda estavam com mais de palmo de água e muita lama. Ela apressava-se mais e mais, temendo que a chuva retornasse e que se tornasse mais perigoso do que antes. Acalmou-se apenas quando viu dois belos arco-íris, um forte e reluzente e outro mais suave. Nesse momento ela ouviu um gemidinho e de um carro velho, enferujado, abandonado, saiu um miudinho gatinho amarelo fazendo gracinhas. Logo reconheceram-se e se abraçaram, olhando para o céu ela disse: "Muito obrigada Senhor!"

Texto: Carla Rockatansky
Observação: Usamos as Escrituras Sagradas para o consolo de nossos semelhantes e acreditamos nelas, mas não pregamos nenhuma religião. :)

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Sensualidade, Qualidade e Menor Preço