Dirofilariose em gatos
O verme do
coração foi diagnosticado em cães em todas as partes do mundo e é atualmente
muito comum. Isto deve ocorrer porque o verme do coração tem uma prevalência de
100% em cães que não fazem tratamento profilático nas áreas altamente
endêmicas. Este verme, também conhecido como dirofilária immitis, é transmitido
por mosquitos. O mosquito injeta uma larva microscópica de 3 a 9 cm de
comprimento, que se desenvolve em um adulto, dentro do coração do cão doente.
Anteriormente
pensava-se que os vermes do coração eram raros em gatos. Hoje nós sabemos que a
incidência é em torno de 10% a 50% da incidência canina. A Doença do Verme do
Coração em gatos é diferente da doença em cães. Gatos geralmente têm seus
testes de diagnóstico negativos quando fazem seus check ups, pois os vermes são
menores e normalmente não produzem microfilárias, que são os bebês do verme que
ficam circulando na corrente sanguínea. Os veterinários têm que fazer testes
diferentes, e às vezes, mais de um teste para diagnosticar a dirofilariose em
um gato.
Os sintomas
no gato também são diferentes. Gatos normalmente têm sinais de asma ou tosse,
até mesmo vômitos. Os gatos podem morrer subitamente. O tratamento para
dirofilárias adultas no cão é caro e potencialmente tóxico para o cão. Esta é a
razão pela qual é muito melhor prevenir esta doença do que tratar.
(Dr. Ângelo
Jorge – Glogo/Extra Zona Oeste-RJ)
A dirofilariose é uma doença fatal?
A doença é fatal, sim. Pode matar de
forma súbita - especialmente em gatos - ou de forma crônica em conseqüência dos
transtornos cardiorespiratórios causados.
O que pode ser feito para evitar a
doença?
Evitar a doença é muito fácil. No
Brasil, desde 1992 foram disponibilizados no mercado veterinário nacional os
primeiros medicamentos preventivos da dirofilariose. São medicamentos que devem
ser administrados mensalmente a partir do segundo mês de vida dos animais. O
tratamento não deve ser interrompido em nenhuma fase da vida, incluindo a
gestação, a menos que haja recomendação veterinária. Estes preventivos podem
ser facilmente administrados pelos proprietários, sobre a forma de comprimidos
mastigáveis ou de líquido para aplicação sobre a pele, na região da nuca.
Atualmente estes preventivos, dependendo da marca, podem ser também “vermífugos
intestinais”, controladores de pulgas e carrapatos e, até, “sarnicidas” por
matar alguns tipos de ácaros causadores de sarnas como a escabiose e a “sarna
de ouvido”.
A dirofilariose pode ser transmitida
ao ser humano?
A doença, considerada uma zoonose
desde 1979, foi identificada em seres humanos em diversos países, entre eles o
Brasil. Sua localização mais comum nos humanos é nos pulmões, mas já foi
detectada no sistema cardiovascular, globo acular, tecido subcutâneo, cavidade
abdominal e bexiga.
Em relação ao gato, existe risco de
infecção?
Os gatos podem ser parasitados
também, embora sua infecção seja, por motivos ainda desconhecidos, mais rara.
Apesar do menor número de felinos infectados, a doença em gatos é muito mais
grave, já que com um número muito menor de parasitas no coração, o gato pode
morrer subitamente. O gato é, portanto, menos susceptível à infecção e mais
sensível à doença, se comparado ao cão. (Dr. Renato Campello -
www.saude.com.br)
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