Hipertireoidismo em gatos

Hipertireoidismo Felino; Tireotoxicose Felina

Animais Afetados
Esta é uma enfermidade comum em gatos idosos, ocorrendo em animais com média de 13 anos de idade, porém podendo acontecer em animais entre quatro e 20 anos de idade. Gatos de todas as raças e de ambos os sexos podem ser afetados.


Visão Geral
O hipertireoidismo felino é a alteração hormonal mais comum em gatos, ocorrendo principalmente em animais idosos. Esta enfermidade afeta vários órgãos devido ao excesso de hormônio tireoidiano que acelera o metabolismo. Devido a este excesso hormonal, o metabolismo do felino funciona de forma acelerada que os órgãos não podem suportar. Como resultado, podem surgir problemas cardíacos, gastrintestinais e renais, hiperatividade, perda de peso e aumento do apetite que são sinais clássicos desta enfermidade.

Exames laboratoriais podem diagnosticar o hipertireoidismo, que pode ser tratado com sucesso através de cirurgia, uso de medicamentos ou terapia com iodo radioativo. Animais com alterações mais severas podem não responder bem ao tratamento.

Sinais Clínicos
Os sinais clínicos do hipertireoidismo são nítidos, sob a forma de um aumento do metabolismo geral,afetando vários órgãos. Na maioria dos casos aparecem sintomas como perda de peso, polifagia, hiperatividade, pelagem alterada,alopecia, vômitos, diarreia, poliúria, polidipsia e agressividade. Menos de 10 por cento dos felinos apresentarão sinais atípicos tais como perda de apetite, anorexia, letargia e fraqueza. Achados no exame físico incluem aumento da glândula tireóide, caquexia, sopros cardíacos, taquicardia e alterações comportamentais com sinais de hiperatividade.

Sintomas
Os sintomas mais comuns que são notados pela maioria dos proprietários são perda de peso, aumento do apetite e hiperatividade. Outros sintomas são vômitos, problemas na pelagem, áreas de alopécia, aumento na ingestão de água e no volume urinário.

Descrição
O Hipertiroidismo é a enfermidade hormonal mais comumente encontrada em felinos. Em geral, atinge animais com mais de 8 anos de idade, é uma enfermidade metabólica que atinge vários órgãos, causada pela circulação de altas taxas de hormônios tireoidianos. Em consequência disso, o metabolismo passa a funcionar de maneira acelerada o que pode levar ao mal funcionamento de diversos órgãos. Geralmente, gatos que desenvolvem esta enfermidade apresentam nódulos benignos na glândula tireóide que causam a hiperfunção, sendo mais raros os casos de tumores malignos serem os causadores da hiperfunção glandular. Os níveis elevados de hormônios tireoidianos associados a essa enfermidade fazem com que o organismo funcione em ritmo muito mais acelerado do que o normal. Os hormônios tireoidianos afetam os sistemas músculo-esquelético, cardiovascular, gastrointestinal, hepático, urinário, nervoso e a área comportamental do animal. As complicações mais comuns decorrentes do hipertireoidismo são espessamento do músculo cardíaco, aumento da pressão arterial, alterações no funcionamento renal e problemas intestinais.

Diagnóstico
Muitas outras enfermidades, tais como a insuficiência renal crônica, doenças hepáticas e câncer podem apresentar sintomatologia semelhante ao hipertireoidismo. Um exame físico detalhado, uma anamnese bem feita e exames laboratoriais com hemograma completo, dosagem hormonal de T4, uréia , creatinina, transaminases e EAS podem fechar o diagnóstico para hipertireoidismo na maioria dos casos. Gatos com sintomas iniciais de hipertireoidismo podem apresentar T4 ainda em níveis normais, o que pode tornar o diagnóstico correto um pouco mais difícil. Devido a essa flutuação hormonal, os animais suspeitos de hipertireoidismo devem ter os níveis de T4 reavaliados após 2 semanas. Em alguns casos se faz necessário exames hormonais mais complexos.

Prognóstico
O prognóstico para casos não complicados é excelente.Se as condições físicas do animal não forem boas ou se houver alguma outra enfermidade concomitante, o prognóstico não será tão bom e ira depender da resposta ao tratamento. Se a origem do hipertireoidismo for algum tipo de câncer, o tratamento cirúrgico e a base de iodo radioativo podem melhorar a sintomatologia por algum tempo, mas não irão curar a enfermidade.

Transmissão ou causa
A principal causa de hipertireoidismo em felinos é a presença de nódulos hiperativos na tireóide. Raramente tumores malignos na tireóide levam a sintomas de hipertireoidismo. Não se conhece nenhum fator de risco além do envelhecimento.

Tratamento
O tratamento do hipertireoidismo geralmente é eficiente e compensador. O objetivo do tratamento é diminuir os níveis de hormônios tireoidianos circulantes. Existem três opções de tratamento do hipertireoidismo: Medicamentos de administração diária, remoção cirúrgica do tecido glandular e tratamentos com iodo radioativo. Das três opções, apenas a cirurgia e a aplicação de iodo radioativo levam a cura.

O uso de medicamentos apenas mantém a enfermidade sob controle. Antes de se tentar tratamentos mais agressivos, a maioria dos felinos recebe um tratamento a base de metimazole para baixar os níveis sanguíneos dos hormônios da tireóide. Descartar a possibilidade do animal estar sofrendo de insuficiência renal é muito importante antes de se proceder com a cirurgia ou tratamento com iodo radioativo, já que a correção definitiva do problema pode agravar problemas renais já existentes.

O medicamento mais comumente utilizado em felinos é o metimazole. A maioria dos gatos reage bem à medicação tomada duas vezes ao dia. Inicia-se a medicação em dosagens pequenas e aumenta-se gradualmente até chegar a dosagem mais eficiente que pode variar individualmente. Pequenos efeitos colaterais podem ocorrer tais como perda do apetite, vômitos e letargia. Alguns efeitos colaterais raros incluem coceiras até causar lesões na face e pescoço, baixa na contagem de plaquetas problemas hemorrágicos. Essas complicações geralmente aparecem nas primeiras semanas de tratamento e é necessário parar com a medicação. Entre em contato com seu médico veterinário se o seu gato estiver tomando este medicamento e apresentar algum efeito colateral.

A terapia medicamentosa requer exames regulares por seu médico veterinário nos primeiros três meses. Exames físicos são feitos a cada duas ou três semanas, buscando sinais de melhora do quadro de hipertireoidismo, especialmente dos sintomas cardíacos, dos efeitos colaterais e melhora da concentração hormonal. Alguns proprietários preferem usar a terapia medicamentosa com metimazole por longo tempo se o animal responder bem ao tratamento e não apresentar efeitos colaterais ou resistência ao medicamento. A tireoidectomia é a remoção cirúrgica da glândula tireóide.

Quando bem sucedida, a cirurgia corrige o problema definitivamente, a menos que haja um câncer na tireóide ou que seja removida apenas uma glândula e a outra continue hiperativa. Pode ser utilizada alguma droga antitireoidiana como tentativa antes da opção cirúrgica para reduzir os riscos da anestesia e da cirurgia e para descartar a insuficiência renal. Existem algumas complicações pós-operatórias que raramente ocorrem quando a cirurgia é feita por um médico veterinário experiente. Entre elas estão baixas dos níveis de cálcio devido à retirada ou lesão das glândulas para-tireóides, paralisias da laringe devido à lesão do nervo recorrente da laringe e hipotireoidismo permanente que necessitará de reposição hormonal para o resto da vida do animal.

O tratamento com Iodo Radioativo é feito através de injeções, tem poucas complicações e efeitos colaterais e é geralmente muito eficiente na cura do hipertireoidismo. Porém é difícil encontrar um médico veterinário que tenha os equipamentos necessários e siga todas as normas de segurança e exigências devido ao controle de radioatividade necessário. O iodo radioativo destrói apenas as células ativas da tireóide.As células que estiverem inativas, posteriormente poderão voltar a produzir hormônios e o gato não necessitará de reposição hormonal.

Prevenção
Não existem medidas para prevenir o hipertireoidismo. Sempre que seu gato esteja com sintomas diferentes da normalidade leve-o para uma consulta com seu médico veterinário.

Fonte: www.renalvet.com.br

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