Quando morre um animal que amamos
Chico Xavier afirmava que os animais quando morrem, depois de algum tempo, retornam para seus pais humanos. Ele contava algo muito interessante que ocorreu. Chico tinha uma amada cadelinha, eram bastante achegados, ela a amava muito. A cadelinha morreu e passou algum tempo. Certo dia Chico a reencontrou, imediatamente os dois se reconheceram e retomaram a convivência de amor e carinho.
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Chico respeitava muito a Bíblia, amava a Jesus. Todos sabem muito bem que tanto Chico não era evangélico, quanto a Bíblia foi escrita não para uma determinada religião, mas para todas as pessoas. Infelizmente algumas que nunca leram a Bíblia insistem em usá-la mentirosamente para agredir seus semelhantes. Mas, o que encontramos na Bíblia sobre animais que faleceram? Que esperança podemos ter de rever nossos pequenos falecidos de acordo com o relato de Chico e de acordo com a Bíblia?
Sabemos que Jesus entregou sua vida pelos humanos e não pelos animais. Isso porque os animais não têm os sentimentos pecaminosos que os humanos têm, como: inveja, cobiça, vingança, ódio, etc. Salomão disse que não há nenhuma superioridade do homem sobre os animais e que assim como um morre, morre o outro. Jesus também falou que até um humilde pardal quando cai ao chão está sob a atenção e os cuidados de Deus.
Para algumas pessoas a morte de um animal é muito mais dolorosa do que a morte de um humano. Por quê? Quando morre um humano que amamos, nós temos inúmeras lembranças de conversas, momentos bons, uma comunicação mais completa. Quando morre um animal nos sentimos culpados, achamos que não fizemos o suficiente para evitar que tivesse morrido, não temos a certeza exata de que nosso pequeno soube exatamente o quanto o amávamos porque não mantínhamos uma comunicação tão cheia de recursos quanto com outro humano. Por mais sacrifícios que tenhamos feito, sempre nos culpamos pela morte de nosso amiguinho e sempre nos causa aflição não saber se ele tinha entendimento exato de o quanto era amado.
Não podemos evitar a morte. Por mais sacrifícios que façamos, por mais recursos que usemos, por melhores que sejam os médicos e veterinários, por mais informados e ricos que sejamos, pessoas amadas e animais amados morrerão e não poderemos evitar a morte. Não podemos evitar nossa própria morte.
Mas, uma coisa é muito certa: Tanto Chico quanto Salomão sabiam que existe a hora certa de nascer e a hora certa de morrer, por mais frio que isso pareça. Existem muitos relatos de que os pais humanos de animais são testemunhas de que seus pequenos sabiam que sua hora chegou.
Laranjinha era um gato bom, atencioso e querido, mas não ia no colo de ninguém. Detestava isso. Depois de um ano visitando uma gateira, durante uma semana Laranjinha mudou seu comportamento: Passou a ir no colo, deixava que se fizesse qualquer carinho, permitia todas as coisas, mas tinha um olhar triste. Não mais o olhar sapeca de visitante pontual. Depois do dia que sua amiga o fotografou, nunca mais foi visto. Seu carinho foi uma despedida, um ato de amor e gratidão. Depois de deixar suas fotos como lembrança, se foi. Ele sabia que chegara a hora de seguir.
No Rio Grande do Sul, certo dia um cachorrinho implorou que sua dona o deixasse na sala de visitas enquanto ela estivesse no trabalho. Tendo um bom quintal, varanda e tudo o mais que ele precisava para ficar bem em casa, a mãe humana não viu necessidade disso. Uma mulher louca, mãe de um traficante matou o pequenino na garagem da casa. O cachorrinho sabia que aquele era seu dia de ir embora, mas não queria ir, amava seus donos e sua casa. Dentro ou fora da sala a mulher o envenenaria da mesma forma, porque ela pulou o muro para cometer seu crime. O motivo? Tinha medo que o pequeno cachorro sem raça fugisse de casa e transasse com a cadela de raça dela. Um mês e meio depois, a mãe dessa mulher, uma senhora sadia, morreu de um repentino câncer.
Bem, se chegou a hora de alguém ir, não há como evitar. Os animais reconhecem a hora deles, por qual motivo não sabemos. Sabemos apenas que se Deus vigia pequenos pardais, vigia também todos os outros animais. Se Salomão disse que assim como morre o homem, morre o animal, então se existe uma esperança dada por Deus aos homens, deve existir uma esperança dos animais retornarem e aí Chico estava certo.
Não é errado chorar, lamentar e sofrer por um animal falecido. Não interessa o julgamento de outras pessoas, elas não estão em nossos corações para sentirem os nossos sentimentos e nem tiveram a experiência de convivência com o animal amado com o qual tivemos a benção de conviver.
Mas é errado se fechar para o amor, é errado se fechar para a adoção de outros pequenos. Quem sabe atrás das grades daquela gaiola seu amado amigo retornou e espera que você vá buscá-lo? Quem sabe aquele gato ou cachorro magrinho e faminto em uma esquina não é seu leal amigo vagando a sua procura, a espera de que possa levá-lo de volta para casa?
Depois dos dias de luto, encha o peito de amor e os olhos de esperança. Saia por todos os lados, busque em todas as direções possíveis, assim como na hora certa ele se foi, na hora certa retornará para você.
E o amor é assim mesmo: mais forte do que a morte, mais forte do que o tempo e tão grande, mas tão grande, que vem de Deus através de seu pequeno amigo sempre e sempre para VOCÊ.
By Carla Rockatansky
Comentários
E como já disse Oscar Wilde "O mistério do amor é maior que o mistério da morte..."
1 minuto ou menos o pintor entrou
e disse que um veículo...Fiquei arrasado, chorei e não acreditei no que vi. Uma rua residencial e de pouco fluxo de veículos. Como pode? Hoje faz cinco dias que minha amada gata se foi. Sou espírita, porém não diminui minha dor. Só peço ao Divino Amor que após minha passagem eu desperte com meu amorzinho miando do meu lado.